O comércio brasiliense teve uma queda de -16,88% nas vendas durante a Copa do Mundo de 2018 na comparação com o mesmo período da Copa de 2014. O levantamento é do Instituto Fecomércio. Foram entrevistadas 374 empresas de 26 segmentos do comércio e serviços, entre 16 e 20 de julho, após a realização do campeonato mundial de futebol.
Na opinião do vice-presidente da Fecomércio-DF, Edson de Castro, o resultado demonstra um desempenho bem abaixo da expectativa do empresariado antes do evento esportivo. Os lojistas estavam esperando um movimento semelhante ao da Copa do Mundo de 2014. “Alguns segmentos registraram boas vendas, como o de bares e restaurantes, comércio de bebidas e padarias. Mas, comparado com o período de 2014, quando fomos anfitriões e recebemos vários turistas, as vendas não foram como o esperado, por isso o resultado negativo”, explica. Ainda segundo ele, apenas o segmento de Padaria e Confeitaria superou as expectativas de vendas, no varejo como um todo, registrando índice positivo na ordem de +20,33%. “Esse comportamento confirmou que as comemorações de 2018 para a Copa foram bastante tímidas e com baixos investimentos”, comenta Edson de Castro.
O levantamento aponta também que um dos fatores que influenciou o baixo consumo foi a dificuldade de muitos lugares em liberar suas equipes em períodos de expediente, mantendo-os nos serviços e consequentemente desaquecendo as comemorações familiares. Outro fator que influenciou foi a desclassificação do Brasil nas quartas de final, encurtando o período de comemorações e consequentemente de consumo.
Segundo a pesquisa, a taxa de conversão foi de 46,04%, ou seja, das pessoas que entraram na loja este foi o percentual daquelas que realizaram alguma compra. Esse comportamento revelou que apesar do baixo desempenho das vendas, as oportunidades foram bem aproveitadas em todas as localidades. O empresário apontou que a forma de pagamento mais utilizada foi o cartão de crédito (73,8%) e o valor médio do presente foi de R$ 246,93.
Esse indicador refletiu dificuldades financeiras dos consumidores que, não compraram presentes, mas apenas gastaram com pequenas comemorações, visto que o maior consumo foi de itens de padaria e panificadora, seguido por bebidas. Quando questionados sobre os estoques, 97,9% dos entrevistados responderam que os estoques foram suficientes para suportar as vendas realizadas.