Foi realizado na terça-feira (26) um encontro entre as entidades do setor produtivo local e a Secretaria de Trabalho e do Empreendedorismo (Setrab) do DF. A Setrab promoveu a reunião para buscar uma aproximação com o empresariado. A Fecomércio participou do encontro e o presidente da instituição, Adelmir Santana, comentou os elevados índices de desemprego no Distrito Federal. De acordo com a Secretaria, o desemprego atinge 14% da população economicamente ativa brasiliense. “O que mais nos assusta é a indefinição de diretrizes. A nossa pesquisa conjuntural mostra uma queda de 5,18% nas vendas do comércio no mês de abril em relação a março. Com um índice de desemprego dessa natureza, as coisas tendem a piorar ainda mais”, lamenta Adelmir Santana.
O presidente da Fecomércio também destacou um ponto que tem amedrontado os empresários brasilienses: a falta de compromisso do governo local com os pagamentos de serviços prestados pelas empresas. “É preciso que haja um indicativo de que teremos investimentos e infraestrutura, para que o empreendedor tenha coragem de abrir novos negócios. A situação é difícil. Quando você vê apenas ameaças de que o governo não vai pagar a fatura, de que não há recursos para saldar os compromissos já realizados, tudo isso leva a uma desmotivação para investimentos futuros. Eu fico até preocupado com índices dessa natureza. Quando ocorrem atrasos nas faturas e ameaças de falta de pagamento, também cresce o desemprego. Todos nós estamos apreensivos com essa situação”, apontou Adelmir.
Como forma de combater a crise e estimular o desenvolvimento do DF, a Fecomércio apresentou no início do ano para o governador eleito, Rodrigo Rollemberg, e para os 24 deputados distritais, um projeto chamado Brasília 2015. “Essa preocupação nossa vem de longe, nós já prevíamos isso desde 2012. Fizemos seminários com especialistas de vários assuntos e apresentamos esse trabalho sem nenhuma ideologia política ou partidária. O documento sugere novos caminhos para Brasília a partir de 2015”, explicou.
Para Adelmir Santana, é necessário investir nas vocações das cidades vizinhas em busca de desenvolvimento e geração de emprego e renda para o DF, pois o Entorno hoje é uma região sem dono. Goiás rejeita esses municípios e o DF não tem como absorvê-los. Também participaram da mesa o secretário de Trabalho, Georges Michel Sobrinho; o secretário-adjunto, Alan Kardek Saraiva Ferreira; o subsecretário de Atendimento ao Trabalhador e ao Empregador; Antônio Vieira Paiva; o subsecretário de Administração Geral, Gerson Vicente de Paula Junior; o subsecretário de Empreendedorismo, Thiago Jarjour; e o subsecretário de Qualificação e Capacitação Profissional, Ricardo Pires.