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Fecomércio reúne setor produtivo e debate condições atuais da economia do DF

O setor produtivo brasiliense se reuniu na manhã desta terça-feira (15) para o 2º Fórum de Debates da Fecomércio e do Conselho Regional de Economia do DF (Corecon-DF). Realizado na sede da Federação do Comércio, o encontro fez parte das atividades da Semana do Economista de 2017. O Dia do economista é comemorado em 13 agosto. A reunião teve o objetivo de apresentar um debate sobre o momento atual da economia local, bem como as oportunidades de negócios que podem surgir em momentos de crises.

O primeiro vice-presidente da Fecomércio, Miguel Setembrino, afirmou que as portas da instituição estão sempre abertas para debates como este. “O presidente Adelmir Santana teve que fazer uma viagem e estou aqui representando ele neste encontro. Quero reafirmar que as portas da Federação do Comércio estarão sempre abertas para o setor produtivo”, apontou. O presidente da Fape, deputado distrital Joe Valle, ressaltou que a agricultura do DF contribui com R$ 2,5 bilhões para o PIB brasiliense. Ainda segundo ele, a falta de água está prejudicando a agricultura na região. “Existem 19 mil produtores no DF e não tem água suficiente para eles trabalharem. A produção de morango reduziu 50% este ano e muita gente acabou demitida”, disse. Para reverter este quadro, Joe ressaltou que está em estudo o lançamento de um projeto que gaste menos água e duplique a produção na agricultura. Ele ressaltou, no entanto, que o DF não aproveita toda a sua capacidade dentro do setor. “O DF tem ótimos produtores de ovos, por exemplo, por que então temos que comprar macarrão de cidades a mil quilômetros de distância? Vou no mercado e vejo que não tem produtos produzidos no DF nas prateleiras”, disse.

O presidente da Federação das Indústrias (Fibra), Jamal Jorge Bittar, concordou com o parlamentar e disse que seria ótimo para cadeia produtiva do DF caso o comércio vendesse itens de produtores locais, produzidos pela indústria brasiliense. “Muito dos nossos esforços são jogados fora por causa de maus administradores. Nas outras unidades da Federação isso não acontece”, relatou o presidente da Fibra. Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Antônio Valdir Oliveira, falou sobre a dificuldade em recuperar a economia neste momento. “Temos que trabalhar com três pilares: benefícios econômicos, fiscais e crédito”, informou. Segundo ele, o governo enviará para Câmara Legislativa um Projeto de Lei que trata sobre o Pró-DF. “Temos uma insegurança jurídica aqui na capital e vamos encaminhar para o legislativo um projeto que resguarde os empresários que entraram pelo programa até 19 de maio de 2015”, informou. Para Valdir, é chegada a hora de se debater questões relativas a privatização.

Já o economista do Corecon-DF Antônio Norival Brito, encerrou o debate afirmando que o Conselho está à disposição dos empresários para conceder informações e cursos in company nas empresas sobre a possibilidade de empréstimos através do banco BNDES. “Os juros do BNDES são especiais para os empreendedores, algumas modalidades têm jutos de 1% ao mês”, explicou o economista. O assessor econômico da Fecomércio, José Eustáquio de Carvalho, fez a mediação do encontro.

Participantes

Compuseram a mesa do encontro o primeiro vice-presidente da Fecomercio-DF, Miguel Setembrino; o presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra-DF), Jamal Jorge Bittar; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF), deputado distrital Joe Valle; o secretário da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Antônio Valdir de Oliveira; e o economista do Corecon-DF, Antônio Norival Brito Rabelo. Estiveram presentes no encontro: o presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Júlio Miragaya; o presidente da Corecon-DF, Mário Sergio Sallorenzo; o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília, Jael Silva; o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal, Charles Dickens; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal, Francisco Messias Vasconcelos; o presidente do Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas do Distrito Federal, Fernando Bizerra; além de assessores, estudantes, economistas e empresários da cidade.

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