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Fecomércio defende potencial de Brasília, mas impostos e burocracia continuam dificultando vinda da Disney para o País

A importância dos parques temáticos para a evolução do turismo e da economia de um País foi o tema de uma palestra proferida pelo vice-presidente mundial da Walt Disney Company, Greg Hale, realizada na tarde desta terça-feira (15), na sede da Confederação Nacional do Comércio, em Brasília. Ele destacou que países que receberam a Disney, como a França e Hong Kong, aumentaram o número de visitantes, além de terem registrado um visível incremento em suas economias. Sabendo da importância de atrair empreendimentos como este, desde o ano passado a Fecomércio-DF vem fazendo um esforço para destacar os diferenciais da capital federal e do Brasil como destino desses parques. A instituição reuniu investidores, propiciou encontros com autoridades e promoveu eventos que culminaram com a palestra ocorrida nesta terça. Os grandes obstáculos, no entanto, continuam sendo a burocracia e a alta carga tributária, que afastam do Brasil empresas como a Disney.

2017-08-15- CNC- debate sobre turismo-23De acordo com estudo elaborado pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), se o País fizer ajustes no ambiente de negócios, o segmento poderá investir cerca de R$ 1,9 bilhão e ser responsável pela geração de 56 mil empregos. Na visão do presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, Brasília precisa entrar na rota dos grandes investidores nacionais e internacionais. Ele diz que existem grupos interessados em aproveitar o solo brasileiro para investimentos. Porém, para isso acontecer o governo precisa ajudar. “É necessário que os governantes abram os olhos para os problemas. É preciso formular projetos, definir diretrizes claras e, o mais importante, criar condições necessárias para que os empreendimentos saiam do papel”, ressalta Adelmir Santana.

O presidente da Fecomércio-DF, que também preside a Câmara Especial de Articulação de Projetos Estruturantes da instituição, grupo formado com o interesse de trazer grandes projetos para a capital do País, tem procurado mostrar o potencial de Brasília.  A Fecomércio reuniu, em 18 de janeiro de 2016, em um diálogo empresarial, na sede da CNTC, uma comitiva de 25 investidores, professores e universitários dos Estados Unidos interessados em conhecer os potenciais de investimento em Brasília. A comitiva foi formada por executivos de importantes empresas norte-americanas que cursam MBA na Universidade de Chapman, na Califórnia. Entre eles estavam o Diretor do Centro de Negócios Internacionais da Universidade de Chapman, Noel Murray, e o Executivo para Desenvolvimento Global e Relações Públicas da Walt Disney Company, Chris Lowe.

No dia 20 de julho de 2016, a Fecomércio também lançou a Câmara Especial de Articulação de Projetos Estruturantes. O grupo reúne empresários interessados em participar da elaboração de projetos que podem alavancar a economia brasiliense. Entre eles está à criação de uma cidade agrícola, a possibilidade de instalação de parques temáticos como a Disney e a viabilização da cidade aeroportuária, no Aeroporto JK, além de programas que visem à evolução da mobilidade urbana na capital do País. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, esteve presente na ocasião e se mostrou empolgado com os projetos.

Palestra

O vice- presidente da Disney,Greg Hale, ressaltou em sua palestra que o Brasil tem um clima perfeito, uma população muito grande e, sem dúvida, representa um mercado enorme. Além disso, segundo Greg, o Brasil é hoje o País que mais visita Orlando, na Flórida, para conhecer os parques temáticos. “Para se ter uma ideia de como a inclusão de parques mudam a economia de um País, Dubai percebeu que não poderia depender apenas do petróleo para todo o sempre. Então, eles decidiram que investir em entretenimento seria a resposta para ampliar a fonte de renda e expandir ainda mais a economia . Apenas este ano, já foram instalados três parques no País, que são de grandes marcas e atraíram milhares de visitantes”, disse. “A França é outro exemplo de sucesso da Disney, o parque recebe mais visitantes do que o Museu Louvre, ou até mesmo a Torre Eiffel ou o Arco do Triunfo”, concluiu.

Mas, apesar desses fatores positivos, Greg Hale faz a seguinte pergunta: porque os parques não vêm para o Brasil? Quem respondeu a esta indagação foi o presidente da Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci. “Temos uma carga tributária na fabricação e na importação de equipamentos para os parques funcionarem, como uma montanha russa, por exemplo, que no Brasil custa mais do que o dobro de outros mercados. Isso impede que os empresários façam os investimentos que precisamos”, disse Alain. “As tecnologias são complexas e de última geração. Para esse equipamento chegar ao Brasil, tem um frete caríssimo, além do imposto sobre importação que é de 20% acima do preço do produto, ainda tem o custo do ICMS, do PIS e Cofins. Quando se calcula o custo, chega-se um valor de mais de 3,5 milhões de dólares. Enquanto que para qualquer País da Europa, o mesmo equipamento custaria 1,400 milhões de dólares”, explicou.

Alain Baldacci também destacou a burocracia como outro empecilho. Na opinião dele, quando um investidor estrangeiro vem ao Brasil tentar fazer um investimento e olha o nosso arcabouço de negócio ele se assusta e fecha as portas para a novidade, tudo em função da complexidade enfrentada pelos empresários.

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