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Empresários apostam na utilização de contêiners para expandir seus negócios

O que um dia tinha utilização exclusiva para armazenamento e transporte de cargas em portos ou para a construção civil, onde se instalam escritórios em canteiros de obras, agora está caindo no gosto do empresário. No Distrito Federal, o contêiner marítimo está sendo usado como espaço para loja, assim, substituindo a alvenaria. Os motivos são diversos: custo de uma obra de alvenaria e o tempo para abrir as portas de um novo negócio.

Naina Flores_RAP4574Já é possível encontrar nas ruas da cidade contêineres customizados para servir como restaurante, floricultura, loja de roupa, dentre outros. Legalmente, o uso do contêiner no DF está dentro das regras para abertura de comércios em espaços comerciais. Por meio de nota, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) confirma que não há nenhum empecilho. “O uso de contêineres em área particular é permitido para fins comerciais, contanto que siga as regras e trâmites legais que vão da aprovação do projeto, obtenção da licença de funcionamento até a retirada da carta de habite-se”.

O contêiner pode ter de 6m ou 12m de comprimento e é produzido próximo aos portos do País. Mas o empresário do DF não precisa ter o trabalho de transportá-lo até aqui. Existem empresas que já forneciam as estruturas para construções civis e que começaram a vender diretamente para o comércio. A proprietária da Metha Soluções Modulares, Laila Adorno, explica a praticidade do uso do contêiner. “Como já tínhamos uma empresa de guindastes, percebemos que o contêiner se encaixava perfeitamente para substituir o antigo ‘barracão de obras’ e agora tem utilização também no comércio. Ele pode ser reutilizado e é ecologicamente correto”.

A empresa trabalha com contêineres há 14 anos e criou uma versão especial. Com fábrica própria em Taguatinga, a Metha segue um conceito semelhante ao de um contêiner, porém é uma construção modular que pode ser encomendada sob medida, uma vez que o marítimo não possui outros tamanhos. Dentre seus clientes que optou pela personalização está o Anchô Bistro de Fogo, que há um ano instalou no fundo do estabelecimento um Drink Bar, com 3m de comprimento. A proprietária e chef do bistrô, Renata Carvalho, conta que a opção é principalmente pela sustentabilidade da obra. O espaço tem atraído os clientes para a parte externa do restaurante onde está o contêiner personalizado. “A aceitação do público tem sido maravilhosa”, comemora.

Com duas lojas, uma recém-inaugurada em Águas Claras, e três food truck rodando pela cidade, o Geléia Burger também irá apostar no formato contêiner em suas próximas instalações. O proprietário, Alexandre Souza, conta que já tem dois prontos para ir para a rua, completamente customizados, e pretende ter mais 10 contêineres no DF. “Estamos com vários projetos em andamento, por isso não estamos com pressa para inaugurar os contêineres. Fizemos um formado express e queríamos colocar nos postos de gasolina, mas teríamos que fazer uma alteração no projeto arquitetônico para instalar. Como a burocracia é grande, estamos pesquisando áreas particulares para colocar”, explica.

Também no ramo da gastronomia, o tradicional SteakHouse Madero investiu R$1,5 milhão em seu primeiro contêiner no DF. Localizado em Águas Claras, o Container Madero oferece um cardápio mais enxuto e com estilo fast casual, com foco em sanduíches. O chef e presidente do Madero, Junior Durski, conta que a rede conseguiu aplicar um modelo de atendimento que está entre restaurantes e os fast foods. “Não temos serviço de mesa. O cliente escolhe a opção desejada, faz o pedido direto no caixa, realiza o pagamento e aguarda pelo prato”, explica.

Contando com o diferencial de ser uma obra mais limpa, de baixo custo, rápida execução e garantia de vida útil de 100 anos, o Madero Container já possui 26 unidades em todo País e pretendem inaugurar mais 27. Durski explica ainda que a ideia é aproveitar o máximo da forma e do conceito industrial do container. “Queremos agregar a ele características importantes que já fazem parte dos projetos dos restaurantes Madero. Ao colocar o container como nossa estrutura de restaurante pensamos em custo benefício, sustentabilidade, facilidade, rapidez de implantação e mobilidade”, conclui.

// Vestuário

A Container Outlet surgiu de uma experiência que um de seus fundadores, Fagner Diniz, teve em uma viagem para Angola. Como a condição financeira do país não é favorável, muitos trabalhadores aproveitavam contêineres descartados dos portos para abrir lojas de produtos e até serviços. Fagner se inspirou e nos anos 1990 criou um modelo de negócio baseado em mobilidade e sustentabilidade.

Com um formato itinerante, os 70 contêineres da empresa rodam dentro das cidades, de acordo com a receptividade do mercado. O diretor de marketing, Leandro Cintra, explica o negócio. “Os nossos contêineres são considerados micro negócios. Os interessados em ter um, se tornam nossos parceiros. Oferecemos a estrutura pronta, as roupas em forma de consignação. Nosso negócio tem duas modalidades: uma de roupas masculinas, femininas, fitness e tamanhos especiais e outra para crianças”, conta.

No DF há atualmente um Container Outlet estacionado em Samambaia Norte, com peças para adultos. “Temos muito interesse de abrir uma unidade kids. As regiões administrativas são excelentes polos, com um mercado interessantíssimo. E temos como vantagem no negócio a mobilidade”, disse Leandro. Para ser um parceiro, é preciso ser uma pessoa jurídica que pode ser pelo Microempreendedor Individual (MEI) e são investidos R$ 100 mil, com o contêiner e as mercadorias inclusas. Segundo o diretor, o perfil do Container Outlet, não é classe A. É para as pessoas que querem pagar preço de outlet. “Garantimos realmente um preço mais baixo que as lojas de marcas”, concluiu.

// Decoração e flores

A empresária, Janaina Cunha (36) conhece o ramo de plantas e flores desde que nasceu. O avô tinha uma floricultura e passou para seus pais o conhecimento e o negócio. Trabalhando com sua mãe e sua irmã, Janaina resolveu abrir seu próprio negócio, a Naina Flores – Decoração e presentes, próximo ao balão do aeroporto. Com um espaço concedido pelo governo, não poderia utilizar alvenaria, somente madeira ou metal. Contou, então, com a ajuda do sogro, que trabalhava em porto, e trouxe um contêiner do Rio Grande do Sul.

“A madeira exige muita manutenção e não gosto da aparência da estrutura de ferro, então achei essa ideia. Gastei R$ 9 mil para trazer e mais R$ 35 mil para customizar como eu queria. Acredito que ficaria muito mais caro se fosse reformar de outra maneira”, explica.

 

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