Qualquer órgão consultivo de natureza pública, para funcionar bem, precisa atuar com independência, representar com equilíbrio de participação os diversos setores da sociedade e ser justo e transparente em suas decisões. O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do DF, recriado pelo governador Rodrigo Rollemberg, tem todo potencial para cumprir essas premissas, principalmente se trabalhar com regularidade e souber utilizar a experiência dos seus conselheiros. Como representante da Federação do Comércio no conselho, eu acredito no sucesso do grupo e parabenizo o governador por essa retomada.
O Conselho de Desenvolvimento Econômico do DF estava parado ou “extinto” há mais de um ano e meio. Sua função básica é assessorar diretamente o governador na definição de prioridades para área. Neste momento de crise, o conselho tem obrigação de sugerir, por exemplo, medidas para evitar o fechamento de empresas e planos para atrair novos investimentos. O grupo também pode propor políticas que incentivem o empreendedorismo e deve reivindicar, urgentemente, o corte de gastos na máquina pública, assim como a eliminação da burocracia que impede novos negócios.
É bom que se diga que a participação no conselho não é remunerada. Exercerei a função porque assumi o compromisso de representar bem o empresariado do comércio e porque, como cidadão, creio que é meu dever prestar esse serviço. Da mesma forma, não deixarei de apontar possíveis falhas. Afinal de contas, esse grupo serve para orientar o governo. Levarei para o debate propostas que têm sido discutidas na Câmara de Projetos Estruturantes da Fecomércio. No nosso entendimento, Brasília precisa criar a cidade agrícola, deve incentivar a economia criativa, a ampliação do aeroporto JK, tem que investir em um polo de tecnologia e, mais do que nunca, precisa realizar grandes obras de mobilidade. Se esses projetos saírem do papel nós já teremos dado um grande salto. Não será preciso reinventar a roda.
