fbpx

Bitcoin é tema de palestra na Fecomércio-DF

As moedas digitais foram tema de workshop nesta quarta-feira (21), no auditório da Fecomércio. Especialistas sobre o assunto foram convidados pela Câmara de Tecnologia da Informação e Comunicação da Federação para explicar um pouco mais sobre essa novidade que está cada vez mais em evidência. Entre os assuntos abordados foram discutidos: tributação, regulamentação, futuro das moedas digitais, inserção dessas moedas no comércio e outros aspectos que englobam o mundo das criptomoedas. A edição da Revista Fecomércio de fevereiro explica um pouco sobre as criptomoedas, saiba mais: http://bit.ly/2BLE8mJ

2018-02-21- Adelmir-Palestra BItcoin na fecomercio-18O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, destacou que o mundo evoluiu bastante nos últimos anos. Segundo ele, é preciso estar atento a essas novidades e ter em mente que em um novo mundo não adianta ficarmos presos ao passado ou resistentes ao futuro. “Como empresários e pessoas ligadas diretamente ao comércio, não podemos fechar os olhos para esse tipo de novidade. Acredito ser primordial, ao menos, o entendimento dessas criptomoedas como nova forma de pagamento”, disse Santana.

O presidente da Câmara de TIC da Fecomércio e presidente eleito do sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindesei-DF), Marco Túlio Chaparro, disse que a moeda digital já é uma realidade e é preciso que o empresário e o investidor fique atento ao mercado. “Sabemos que no futuro nossos filhos vão usar bitcoins ou uma moeda virtual. Nós, empresários, vamos ter que aprender a mexer com essas moedas, nossas empresas vão ter que trabalhar com isso, é uma realidade. Nada melhor do que começar agora, não com grandes montantes, mas pelo menos começar a entender como funciona esse mercado”, ressaltou Marco Túlio.

Palestras

O especialista em criptomoedas e empresário da Wend Tecnologia, empreendimento que desenvolve soluções para pessoas interessadas em aderir às novidades, Walker de Alencar, destacou alguns pontos estratégicos para os empresários começarem a aceitar esse tipo de pagamento em seus estabelecimentos. Atualmente, estima-se que em todo o mundo há em torno de 15 mil empreendimentos que oferecem esse tipo de pagamento para os clientes.

“As empresas estão observando a inovação e acompanhando o mercado. Há uma expectativa em atrair um perfil de consumidor diferenciado. Entretanto, nem todo mundo está pronto e preparado para trabalhar com essa novidade”, disse. “Existe o risco da oscilação da moeda, ela pode aumentar de valor, como também pode cair, além de ser necessário o conhecimento de venda dessas moedas, além de sua conversão em reais. Já um fator positivo de trabalhar com esse tipo de ativo é que você sabe o dia, o valor, a taxa e o histórico completo das suas transações em sua carteira virtual”, informou Walker.

Ele também explicou que existem vários conceitos de carteiras virtuais, chamadas de Wallet, tais carteiras podem ser baixadas via aplicativo de celular, sem custos. Cerca de 100 mil novas carteiras são baixadas diariamente no mundo. “Existe a Êxodos, que é instalada direto no seu computador, aceitando vários modelos de criptomoedas; existe ainda a Blockchaim que é instalada diretamente no seu celular, na qual é possível fazer movimentações rápidas com os clientes. Então já dá para perceber que o mercado se preocupa em criar uma gama de carteiras para vários tipos de pessoas”, informou o empresário. Walker também destacou que hoje nos Estados Unidos já existem lugares que o cliente paga táxi, hotel e restaurante em moedas virtuais. “Não é complicado receber essas moedas no seu estabelecimento, basicamente é só ter a vontade inicial e procurar um serviço especializado, mas lembre-se: é o seu negócio, não faça de qualquer jeito”, concluiu.

Já o advogado especialista no assunto, Allan Bitar, explicou ao público presente, que lotou o auditório da Fecomécio, questões importantes como tributação, forma de transferências e regulamentação das moedas digitais. Atualmente no Brasil a regulamentação das moedas digitais é uma incógnita – O Banco Central as enxerga como um ativo especulativo sujeito a riscos imponderáveis. De acordo com Allan, a ausência de regulamentação torna a atividade legal por si só.

Segundo ele, uma coisa é regular o mercado e outra é interferir na moeda. “A intervenção seria se o Brasil seguisse uma linha parecida com a de juros e de câmbio, pois é o Banco Central que norteia essas questões, já que é algo importante de ser feito, pois com ela cria-se uma proteção para o investidor e para os interessados em comprar”, disse o advogado.

Allan também ressaltou que é necessário cuidado na hora de realizar uma transferência com bitcoin para outro País. “Existe uma legislação antiga e restritiva que protege muito a evasão de dinheiro no Brasil. Isto é, com o intuito de proteger a nossa reserva cambial, o BC quer controlar todo o dinheiro que sai do País, por isso a única saída realizada é por meio de um banco, ou seja, no Brasil existe uma lei que veta operações de câmbios que não sejam feitas por meio de instituições bancárias”, o advogado informa que qualquer outra prática além dessa é ilegítima e criminosa, pela qual o infrator pode ser indiciado no artigo 22, que diz respeito à evasão de divisas. “É algo que deve ser evitado”, salientou.

Sobre a tributação, Allan disse que os ganhos com essas moedas devem ser declarados na Ficha Bens e Direitos como “outros bens”, uma vez que podem ser equiparados a um ativo financeiro. “Se você comprou uma bitcoin por US$ 10 mil dólares e vendeu por US$ 20 mil dólares, por exemplo, seria um ganho de capital, mas ainda irá incidir o imposto de renda”, ressaltou.

O professor Geraldo Almeida falou sobre projeções para o futuro do Bitcoin, citando especialistas que comentam as projeções dessa moeda. Segundo ele, Kay Van-Petersen disse que o bitcoin pode atingir a marca de 100 mil dólares em 2018. Geraldo informou também que Thomas Glucksmann, chefe do desenvolvimento da exchange de criptomoedas Gatecoin, observou que o reconhecimento regulamentar, o desenvolvimento tecnológico e a entrada de capital institucional contribuirão para o impulso das moedas neste ano. O palestrante destacou aos presentes a Lei de Metcalfe, que diz que a variação das bitcoins é proporcional ao número quadrado de usuários da rede e do volume de transação de cada participante.

O especialista nesse mercado, Roberto Pantoja, que criou o primeiro curso do Brasil sobre investimento em moedas digitais, realizado online, também palestrou no workshop. Ele falou sobre ICO que é a abreviatura de Initial Coin Offering (oferta inicial da moeda). Desde o ano de 2013 as ICOs são usadas para financiar o desenvolvimento de novas moedas ou empresas, a fim de levantar capital para que o projeto se torne realidade e saia do papel.

“Das 10 mil moedas que existem no mercado hoje, 1% são moedas de fato e os outros 99% são empresas descentralizadas. O mercado de ações, por exemplo, tem milhões de regulações e é muito elitizado, já a ideia das criptomoedas é que qualquer um possa investir, virar sócio, financiar um projeto ou um negócio usando essa tecnologia. Isso é o livre mercado”, disse o especialista.

Pantoja destacou ainda que esse é um modelo igual ao das startups, porém, mais avançado. Ele explicou que essa tecnologia funciona como a internet, onde existem várias camadas. “Quando a internet foi criada ela era muito restrita, em 1996 foi criada a camada urll, onde você pode escrever um endereço para entrar no site. A internet também era uma coisa limitada e evoluiu, isso está acontecendo com as moedas digitais, elas estão se desenvolvendo, criando outras tecnologias”, disse.

 

Olá! O nosso site usa cookies e, portanto, coleta informações sobre sua visita para melhorar nosso site. Por favor, consulte nossa página de política de cookies e  para mais detalhes ou concorde clicando no botão 'Aceitar'.

Configurações de cookies

A seguir, você pode escolher os tipos de cookies que permite neste site. Clique no botão "Salvar configurações de cookies" para aplicar sua escolha.

FunctionalNosso site usa cookies funcionais. Esses cookies são necessários para permitir que nosso site funcione.

AnalyticalNosso site usa cookies analíticos para permitir a análise de nosso site e a otimização para o propósito de usabilidade.

Social mediaNosso site coloca cookies de mídia social para mostrar conteúdo de terceiros, como YouTube e Facebook. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

AdvertisingNosso site coloca cookies de publicidade para mostrar anúncios de terceiros com base em seus interesses. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

OtherNosso site coloca cookies de terceiros de outros serviços de terceiros que não são analíticos, mídia social ou publicidade.