fbpx

Banalização

por acm

Adelmir Santana

Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

Cresce a revolta da sociedade com a falta de segurança. Todos os dias nós presenciamos a morte de um cidadão.Essa tragédia pode ser acompanhada pela internet, pelos jornais e, em alguns casos, até mesmo pela janela de casa. Viramos espectadores de um reality show brutal onde a criminalidade impõe as regras do jogo. De dentro dos seus gabinetes, as autoridades parecem não ter um plano e, assim, a velocidade de reação do Estado anda a passos de lesma ou tartaruga. Tudo piora quando falta bom senso por parte de alguns policiais, quando interesses políticos são postos na frente de interesses coletivos e quando o discurso do ódio contamina porta-vozes do povo.

Sem respostas, sem uma legislação adequada e sem uma ação nacional de combate ao crime, o cidadão mais indignado tem resolvido fazer justiça com as próprias mãos. Executar bandidos, linchar assaltantes e acorrentar menores infratores são exemplos de selvageria que não resolvem nada. Essas atitudes, como todas as outras que infringem a lei, precisam ser punidas e reprimidas rapidamente para que não se multipliquem, sob o risco de ameaçarem a democracia. Um dos primeiros sinais de falência de um regime democrático surge quando a população perde a crença nas instituições e quando banalizamos a violência e deixamos de punir os culpados.

Não sou especialista em segurança pública, mas tenho procurado ouvir os estudiosos e recebo diariamente queixas do empresariado. Sabemos que a impunidade encoraja o criminoso. Se o problema está na legislação, ela deve ser reformada com urgência, assim como o nosso sistema carcerário. As polícias precisam estar motivadas e os governantes precisam estar mais presentes. O que nós nunca devemos aceitar é a violência generalizada. “Olho por olho, dente por dente” não significa Justiça, significa vingança. Queremos que os criminosos sejam punidos, mas de acordo com a lei e não segundo as nossas crenças.

Publicado originalmente no Jornal de Brasília 17/02/2014.

Olá! O nosso site usa cookies e, portanto, coleta informações sobre sua visita para melhorar nosso site. Por favor, consulte nossa página de política de cookies e  para mais detalhes ou concorde clicando no botão 'Aceitar'.

Configurações de cookies

A seguir, você pode escolher os tipos de cookies que permite neste site. Clique no botão "Salvar configurações de cookies" para aplicar sua escolha.

FunctionalNosso site usa cookies funcionais. Esses cookies são necessários para permitir que nosso site funcione.

AnalyticalNosso site usa cookies analíticos para permitir a análise de nosso site e a otimização para o propósito de usabilidade.

Social mediaNosso site coloca cookies de mídia social para mostrar conteúdo de terceiros, como YouTube e Facebook. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

AdvertisingNosso site coloca cookies de publicidade para mostrar anúncios de terceiros com base em seus interesses. Esses cookies podem rastrear seus dados pessoais.

OtherNosso site coloca cookies de terceiros de outros serviços de terceiros que não são analíticos, mídia social ou publicidade.